Desconhecida do grande público, a cinematografia gay portuguesa nos anos 70 não só existiu como merece divulgação. Confirmam-no as quatro curtas e médias metragens de Óscar Alves, em exibição esta terça-feira, dia 18 de Setembro, pelas 15h30 e 18h30, na Sala 3 do Cinema São Jorge: Aventuras e desventuras de Julieta Pipi ou o processo intrínseco global Kafkiano de uma vedeta não analisado por Freud, Charme indiscreto de Epifânea Sacadura , Good-bye, Chicago, e Solidão povoada. Realizadas entre 1975 e 1978, são apenas alguns dos exemplos do fulgor de uma cinematografia injustamente esquecida – facto que nos leva a questionar a possibilidade da continuidade de uma produção regular, em Portugal, de um cinema de expressão marcadamente queer.
Para reflectir sobre esta e outras questões, às sessões de retrospectiva segue-se o debate "Cinematografia Gay portuguesa nos anos 70" (Sala 2, 19h30). Estarão presentes o próprio realizador e artista plástico, Óscar Alves, o encenador e actor, João Grosso, e o realizador João Pedro Rodrigues. A moderação fica a cargo de António Fernando Cascais, da Associação Janela Indiscreta.
Entrada gratuita, sujeita à lotação da Sala.