A Associação Cultural Janela Indiscreta organiza, no âmbito do Queer Lisboa 11 – Festival de Cinema Gay e Lésbico , e a propósito da exibição do filme de encerramento O retrato de Dorian Gray, o debate em torno da influência de Óscar Wilde no cinema e na cultura pop - Flores Verdes, ou a importância de se chamar Wilde. A reflexão dar-se-á pelas 15h30 de hoje, na Sala 2 do Cinema São Jorge. António Fernando Cascais, em representação da Janela Indiscreta é o moderador, Francesca Rayner (Professora Auxiliar da Universidade do Minho) e Mário Jorge Torres (Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) são os intervenientes convidados.
Esteta, dandy, mártir e ícone gay, Oscar Wilde defendeu a ideia de que a vida imita a arte e não o contrário. Fez uma apologia anti-naturalista da arte de viver segundo critérios de estilo e contra modelos impostos, que se tornaria em modelo de referência do construccionismo queer. Obras suas como O retrato de Dorian Gray inspiraram um caudal de versões cinematográficas que exploram os temas do duplo e do uncanny. Esta é uma oportunidade a não perder para debater o seu legado.