Monday, December 31, 2007

Queer Lisboa 12

Estão já marcadas as datas para o Queer Lisboa 12 - 12º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa.

19 a 27 de Setembro de 2008
Cinema São Jorge

Tuesday, September 25, 2007

Imagens do festival (4)

O realizador espanhol Julián Quintanilla, poucos minutos antes de apresentar a sua curta-metragm No Pasa Nada na sala 3 do Cinema São Jorge.
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A equipa de Davy & Stu (o argumentista Anton Dudley e o realizador Soman Chainani) com João Ferreira.
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Lisa Gornick em plena apresentação da longa metragem Tick Tock Lullaby, na sala 1 do São Jorge.
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.Carla Despineux (directora da Feminale) e Albino Cunha, presidente da Associação Cultural Janela Indiscreta, à porta do cinema.
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.No escritório do Queer Lisboa 11, Celso Júnior (fundador do festival), Miriam Faria e Ivo Valadares

Sunday, September 23, 2007

Queer Lisboa 11: os vencedores

Melhor Longa Metragem de Ficção
Solange Du Hier Bist, de Stefan Westerwelle
(Alemanha, 2006)

Menção Especial para a actriz
Carla Ribas
A Casa de Alice, de Chico Teixeira
(Brasil, 2007)

Melhor Documentário
Estrellas de La Linea, de Chema Rodriguez
(Espanha, 2006)

Melhor Curta Metragem (Prémio do Público)
Singularidades, de Luciano Coelho
(Brasil, 2006)

Saturday, September 22, 2007

Sessão de Encerramento
The Picture Of Dorian Gray

A noite de encerramento do Queer Lisboa 11 – Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa decorre hoje, no Cinema São Jorge, pelas 21h00. Durante a cerimónia os filmes galardoados serão anunciados por Cucha Carvalheiro, a Presidente do Júri para a categoria de Melhor Longa-Metragem ( 1.000,00€), e por Ana Luísa Guimarães, Presidente do Júri para a categoria de Melhor Documentário (1.000,00€). O Prémio para a Melhor Curta-Metragem (500,00€) é resultado da votação do público. Após a apresentação dos filmes e realizadores laureados, será exibida a longa-metragem The Picture of Dorian Gray, de Duncan Roy (E.U.A., 2006, 97'), obra absolutamente fiel ao espírito de Óscar Wilde, que recoloca as personagens do escritor e dramaturgo irlandês na Nova Iorque dos nossos dias. David Gallagher, Noah Segan e Christian Camargo, respectivamente nos papeis de Dorian, Basil e Henry, além de fisicamente incorporarem a beleza física destas personagens – "one is never too thin", dizia Wilde –, são três magníficos actores que oferecem uma enorme consistência a esta brilhante adaptação da novela de Wilde, plena de jogos de fascínios e traições mútuas, de desafios e contratos (i)morais.

Debate
Flores Verdes, ou a importância
de se chamar Wilde

A Associação Cultural Janela Indiscreta organiza, no âmbito do Queer Lisboa 11 – Festival de Cinema Gay e Lésbico , e a propósito da exibição do filme de encerramento O retrato de Dorian Gray, o debate em torno da influência de Óscar Wilde no cinema e na cultura pop - Flores Verdes, ou a importância de se chamar Wilde. A reflexão dar-se-á pelas 15h30 de hoje, na Sala 2 do Cinema São Jorge. António Fernando Cascais, em representação da Janela Indiscreta é o moderador, Francesca Rayner (Professora Auxiliar da Universidade do Minho) e Mário Jorge Torres (Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) são os intervenientes convidados.

Esteta, dandy, mártir e ícone gay, Oscar Wilde defendeu a ideia de que a vida imita a arte e não o contrário. Fez uma apologia anti-naturalista da arte de viver segundo critérios de estilo e contra modelos impostos, que se tornaria em modelo de referência do construccionismo queer. Obras suas como O retrato de Dorian Gray inspiraram um caudal de versões cinematográficas que exploram os temas do duplo e do uncanny. Esta é uma oportunidade a não perder para debater o seu legado.

Entrevista: Stu Maddux

Stu Maddux esteve em Lisboa para apresentar o documentário Bob and Jack’s 52 Year Adventure, filme documental sobre um relacionamento de 52 anos entre dois homens norte-americanos. Na ocasião, e depois de uma sala cheia para ver o filme, falou connosco:


Como encontrou a história de Bob and Jack? Ou foi a história deles que o encontrou a si?
Bom, é um pouco assim que os documentários acontecem: as histórias passam à nossa frente e pedem para ser contadas... Um amigo meu apresentou-me a Bob e a Jack, e o primeiro tinha já escrita uma história da sua vida num bloco de notas. Li-a... E foi como ler a história da nossa família contada pelos nossos avós. Senti que daria um bom documentário.

E como pensou como transformar essas notas escritas num filme?
Procurei três coisas. Em primeiro lugar se tinha uma boa história, o que era um facto. Depois, se eles seriam ou não boas figuras frente a uma câmara, o que ao fim de pouco tempo foi evidente. A terceira coisa foi verificar que imagens teriam para apoiar visualmente esta história que queriam contar. Não os poderia manter a eles dois frente à câmara sem nada mais para mostrar. E a verdade é que o Bob e o Jack tinham guardado tudo, milhares de fotografias deles, lembranças, passaportes. Estava tudo numa quantidade espantosa de álbuns de fotografias. E grande parte do projecto foi dedicada à pesquisa nesses álbuns.

Há imagens criadas por si a dada altura, que fogem ao presente e a essas fotos. Porque as usou?
Usei-as porque havia momentos para os quais não tinha nada que mostrar. Não havia imagens do Jack a deixar a mulher e os filhos... Coloquei-me na pele deles, olhei em volta e procurei imagens que pudessem transmitir o que sentiram. Lembro-me de estarmos a beber café quando falámos da separação do Jack... Então resolvi usar imagens com chávenas e cafeteira para ilustrar esse momento em que a notícia rebenta em casa deles.

Bob e Jack são figuras reais, mas por vezes quase parecem figuras perfeitas criadas por bons actores...
Eles orgulham-se muito do facto de terem sido em tempos actores e figurantes, assim como fizeram rádio... Por isso consideram-se como uma equipa que se sabe comportar nestas situações. Há um pouco de representação da parte deles, talvez.

Bob e Jack acompanharam a construção do filme?
Montámos o filme e depois mostrámos-lhes o filme. E reagiram muito bem. Foi talvez a melhor reacção que tive num projecto meu... Mas isso deve ter acontecido porque foram actores e têm um sentido do que se deve mostrar e acrescentar. Reagiram muito bem. E desde então têm ido a muitos festivais connosco. Infelizmente a sua saúde não lhes permite ir a todos e por isso não vieram a Lisboa. Mas já cá estiveram e deram-nos indicações de coisas a ver e de restaurantes a não perder. Gostaram muito de Lisboa.

O filme retrata uma relação com 52 anos. Acredita em relações duradouras?
Não sabia se acreditava antes do filme, mas agora acredito. Bob e Jack têm os mesmos problemas de todos nós. Não são dois freaks... Tinha 38 anos quando comecei o filme e nunca tinha tido relações com mais de quatro anos... Sabia de uma ou outra mais longa, entre amigos, mas nada assim. Não tinha exemplos... E isso é uma das coisas que sai deste filme. Dá-nos um exemplo. E há mais...

Friday, September 21, 2007

Sessão especial
The Blossoming Of Maximo Oliveros
Sala 1, hoje, pelas 22.00

Hoje, pelas 22.00, na Sala 1 do Cinema São Jorge passa o filme The Blossoming Of maximo Oliveros, do filipino Aureaus Solito, o mais premiado dos filmes no circuito dos festivais de cinema gay e lésbico pelo mundo fora no último ano.

Sinopse: A pureza do primeiro amor é maculada pela miséria e corrupção dos bairros de lata de Manila, espaço onde decorre a acção de The Blossoming of Maximo Oliveros. Maxi, um rapaz gay na pré-adolescência, é profunda e serenamente dedicado à sua família de pequenos ladrões. Ele limpa-lhes a casa, cozinha para eles, lava-lhes a roupa, remenda-lhes os jeans esfarrapados, e, quando necessário, encobre os seus passos. O seu mundo gira em torno do seu pai e dos seus dois irmãos, que o amam e protegem. Até que Maxi conhece Victor, um polícia honesto, com bons princípios e bom aspecto. Os dois tornam-se amigos. Victor inspira em Maxi a esperança de uma vida melhor, o que vai provocar a ira da família de Maxi.

Entrevista: Stefan Westerwelle

O realizador alemão Stefan Westerwelle, de 27 anos, apresenta hoje na Sala 1 do Cinema São Jorge, pelas 16.30, o filme Solang Du Hier Bist, que começa a somar prémios internacionais. Trata-se de uma primeira obra, resultado de um trabalho de fim de curso, mostrando cenas do relacionamento de um homem idoso com um jovem prostituto. Antes da exibição do filme, o realizador falou connosco.

Este foi um filme de fim de curso. Teve de respeitar algumas regras impostas pela escola?
Foi um filme de fim de curso na Academy Of Media Arts em Colónia, que é uma escola de cinema muito especial na Alemanha, muito diferente das mais tradicionais. Trabalhamos em media arts, media design e cinema. Pelo que tive a liberdade total para fazer o que entendesse. Ninguém me disse sobre o que deveria falar o filme, não me foi imposta uma duração específica ou sobre como o deveria construir.

O que inspirou esta história?
A ideia não apareceu de um dia para o outro, num momento em específico. É um assunto que me acompanha há alguns anos. Depois de terminada a escola fui objector de consciência e prestei serviço num lar de idosos. Foi a primeira vez que fui confrontado com a morte e com a consciência de que, também eu, morrerei e que o ambiente à minha volta irá mudar. Tinha curiosidade também sobre saber o que é ser mais velho que eu. Essas eram as questões. Tentei aproximar-me de personagens mais velhos e maduros que eu, o que é uma abordagem talvez difícil, porque nem eu me imagino com 28 ou 30 anos, muito mais com 70... Tenho um amigo com 80 anos, que me acompanhou durante o tempo de escola. E com ele vi como mudam as coisas à nossa volta. Mas amar e ser amado não muda. Isso inspirou-me e definiu a base de toda a história.

Não se costuma ver personagens idosas no cinema queer...
Não apenas no cinema queer... E não é essa a única coisa que está ausente do cinema queer. O cinema de autor falta ostensivamente na cinematografia gay. Não sei porquê.

É um tabu retratar o desejo nos mais velhos?
Sim, é verdade. Mas creio que todas as respostas que tentasse agora dar seriam um lugar comum.

Por isso fez o filme? Para tentar evitar os lugares comuns?
Não. Mas não é um lugar comum, porque nos esforçámos por concentrar esforços em mais que apenas um assunto gay. Concentrámo-nos na criação do retrato de um velho.

O cinema fala muito de morte, mas poucas vezes por velhice...
Talvez porque seja pouco espectacular... Mas é a realidade. E isso não acontece apenas no cinema gay. As pessoas não encaram o seu futuro... A morte não faz parte da nossa consciência, daí os retratos de acidentes, assassínios, as coincidências.

A música acentua o ritmo lento do filme. Como a escolheu?
Foi uma entre as muitas coincidências deste filme, tal como o foram a escolha dos actores ou o ter encontrado a equipa certa. Aconteceu... Estava num café, depois de um dia de rodagem, e estava a pensar em qualquer outra coisa. No café estava a passar um CD que ouvi, e senti que essa deveria ser a música do filme.

O filme tem recebido prémios. Tem pensado no seu futuro como realizador?
Tenho, sim. O primeiro convite que tive para um festival foi em Locarno e isso mudou tudo. Antes não tinha a mesma auto-confiança... Não sabia bem o que ia fazer, porque fazer cinema pode não dar dinheiro... Mas a minha vida mudou depois desse festival. Já estivemos com o filme em 40 festivais, criámos um press release, temos produtores a querer trabalhar connosco, recebo argumentos...

O filme vai ter lançamento comercial?
Sim, estreia na Alemanha a 25 de Outubro. Depois haverá um DVD. E uma companhia francesa vai tentar vende-lo internacionalmente. O que sei que será difícil...

Thursday, September 20, 2007

Entrevista: Christian Liffers

O realizador alemão Christian Liffers está em Lisboa para apresentar, hoje, o documentário Dos Pátrias: Cuba Y la Noche, sobre a vida homossexual em Cuba. Antes da apresentação, falou connosco:


O que despertou a sua curiosidade sobre a vida homossexual em Cuba?
Foi mais ou menos um acaso. Fui a Cuba pela primeira vez em 2004. Fiquei muito supreendido e emocionado com as pessoas que conheci. Regressei ao fim de duas semanas e senti que tinha de documentar aquela cena naqueles espaços especiais. Passei um ano a tentar encontrar financiamento para fazer o filme, mas não o consegui na Alemanha. Então, em 2005, decidi fazer uma nova viagem, para investigar. E, depois, decidi produzir eu mesmo o filme.

Reinaldo Arenas é uma figura transversal às histórias e lugares que vamos descobrindo. Porque trouxe as suas palavras e memórias a este filme?
Foi outro acaso. Quando regressámos de Havana em 2004, o filme do Julian Schnabel [Antes Que Anoiteça] tinha acabado de estrear. E aquela figura impressionou-me. Comecei a ler muito do que tinha publicado em inglês, espanhol e alemão. E foi uma decisão rápida... Ele é um pouco o percursor daquela cena em Havana, e era muito interessante ver se haveria diferenças entre a vida de há 25 anos e a de hoje. O que mudou e o que está na mesma...

O que mostra são retratos de figuras afastadas do mainstream da vida cubana do dia a dia. Como conseguiu chegar a estes casos?
Foi um processo longo. Passei duas viagens a fazer investigação. E a última durou dois meses. Encontrei-me, todos os dias, de manhã à noite, muitas pessoas, até chegar a estes seis protagonistas. Depois tive de encontrar os lugares onde me fosse permitido filmar. Tinha de explicar às pessoas que este era um projecto sério... É claro que houve dois lugares “proibidos”: um clube nocturno e uma festa privada. Nesta última só não fui autorizado a filmar o exterior do local para que não fosse, depois, identificado. Em muitas noites acabei bêbedo, porque tinha de beber rum para ir conversando com as pessoas com quem estava a falar. Foi árduo.

Como sentiu que a sociedade cubana reagia a estas figuras que conheceu?
Mais que um filme sobre um sistema político, este é um documentário sobre pessoas. E, sobretudo, sobre homossexuais numa sociedade machista. Que é também uma sociedade homofóbica. O filme fala da vida nesta sociedade. Fala de uma certa luta...

Houve casos que o surpreendessem particularmente?
Temos uma canção de reggaeton no filme... É um género muito popular. E como o hip hop, é uma música habitualmente muito homofóbica. Nem sempre, mas é frequente. E encontrámos um grupo que tinha letras muito boas. Perguntámos-lhes se queriam fazer uma canção para o filme. E é engraçado como se faz negócio em Cuba, porque concordaram em fazer e apresentar a canção (e a ceder os direitos) se nós fizéssemos um vídeo para a canção nova deles... Não pediram dinheiro. Só o vídeo. Assim, nos 11 dias de rodagem, além do filme, fizemos o vídeo deles. Fez-se em quatro horas. Ficaram com um bom vídeo, o que por lá é raro.

A música tem um papel central neste filme... Com um número final...
É um pouco como na ópera... Não tinha certezas antes de filmar, e reflecti muito sobre o conceito. Porque parecia-me claro que a música é uma realidade de facto importante em Cuba. Não é apenas aquele preconceito que temos dos velhos a tocar... A música é mesmo importante ali. Daí tornou-se necessário ter, para cada uma das pessoas no filme, uma canção própria, umas mais modernas outras mais antigas, em função da sua geração.

Wednesday, September 19, 2007

Lançamento do DVD
'Fabulous - A História do Cinema Queer'
hoje, pelas 19.30 na Sala 2

Hoje, pelas 19.30, tem lugar na Sala 2 do Cinema São Jorge o lançamento do DVD do documentário Fabulous - A História do Cinema Queer, de Lisa Ades e Lesli Klainberg, que a Lusomundo coloca esta semana no mercado nacional. A apresentação será feita por João Ferreira e Nuno Galopim.

Imagens do festival (3)

João Ferreira com Óscar Alves e um dos actores-chave de 'Julieta Pipi' e 'Solidão Povoada', então como Belle Dominique.
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Fernanda Câncio, elemento do júri para Melhor Documentário com João Ferreira.
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A equipa de 'Barbara Cartland' (Tom de Pekin, Bertrand Bertrand e Jó Bernardo) com Matteo Colombo, elemento do júri para Melhor Documentário.
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João Lopes e Luís Assis em momento de pausa no foyer do São Jorge.
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Um clássico do festival: Cassilda em pose "careta". Simplesmente incontornável.

Tuesday, September 18, 2007

Uma Cinematografia gay portuguesa
dos anos 70

Desconhecida do grande público, a cinematografia gay portuguesa nos anos 70 não só existiu como merece divulgação. Confirmam-no as quatro curtas e médias metragens de Óscar Alves, em exibição esta terça-feira, dia 18 de Setembro, pelas 15h30 e 18h30, na Sala 3 do Cinema São Jorge: Aventuras e desventuras de Julieta Pipi ou o processo intrínseco global Kafkiano de uma vedeta não analisado por Freud, Charme indiscreto de Epifânea Sacadura , Good-bye, Chicago, e Solidão povoada. Realizadas entre 1975 e 1978, são apenas alguns dos exemplos do fulgor de uma cinematografia injustamente esquecida – facto que nos leva a questionar a possibilidade da continuidade de uma produção regular, em Portugal, de um cinema de expressão marcadamente queer.

Para reflectir sobre esta e outras questões, às sessões de retrospectiva segue-se o debate "Cinematografia Gay portuguesa nos anos 70" (Sala 2, 19h30). Estarão presentes o próprio realizador e artista plástico, Óscar Alves, o encenador e actor, João Grosso, e o realizador João Pedro Rodrigues. A moderação fica a cargo de António Fernando Cascais, da Associação Janela Indiscreta.

Entrada gratuita, sujeita à lotação da Sala.

Entrevista: Abbe Robinson

Autora da curta-metragem Private Life, apresentada em secção competitiva nesta edição do festival, a realizadora britânica Abbe Robinson trocou algumas palavras por ocasião, esta semana, da sua passagem por Lisboa.


Não são frequentes filmes de época sobre temáticas queer. Como se lembrou de o fazer?
Estava a ler uma história social gay e lésbica de Inglaterra. E descobri histórias de pessoas que viviam no Norte de Inglaterra que me pareceram muito interessantes. Além disso, gosto muito de filmes de época… Os anos 40 a 60 são a minha época favorita. Interessou-me, portanto, contar esta história, desta época, o que nunca havia sido feito.

Há elementos colhidos do real nesta ficção?
Apenas a história de pessoas que trabalhavam nas fábricas a Norte de Inglaterra, que tinham de sair das suas pequenas povoações e viajar até às grandes cidades mais próximas para poder encontrar outras pessoas. O resto é ficção.

Foi uma produção longa?
Escrevi o primeiro esboço do script em 2000, a partir de uma ideia de mostrar pessoas a trocar de roupa e toda a ambiguidade que isso poderia sugerir. E cresceu a partir daí… Depois levei seis anos à procura de meios para financiar o filme, porque ninguém acreditava que se podia fazer uma curta metragem de época. E por isso não queriam arriscar.

Usou espaços reais nas filmagens…
Perto de onde vivo havia lugares muito bons. E durante esses seis anos fui procurando lugares ideais. Espaços que não exigissem muitas alterações, porque não tínhamos dinheiro para isso.

Que carreira tem feito o filme?
Tem sido mostrado em muitos festivais, na Europa e na América. Têm gostado dele na América… Gostam dos filmes históricos ingleses. Fascinam-nos.. E já ganhou sete prémios, o que me surpreendeu.

Monday, September 17, 2007

'Red Without Blue'
Nova sessão: quarta-feira, 17 horas

O filme Red Without Blue, cuja sessão no passado sábado foi cancelada por motivos alheios à direecção do festival e do Cinema São Jorge, tem nova data. O filme será exibido quarta-feira, dia 19, pelas 17.00, na Sala 2.

Sinopse: Red Without Blue é um original e artístico retrato sobre o género, a identidade e a inquebrável ligação de dois gémeos, apesar da transformação sofrida por um deles. Em 1983 no condado de Big Sky, Mark e Alexander Farley nascem separados por alguns minutos, com uma informação genética muito idêntica. Os primeiros anos de vida dos gémeos foram tipicamente americanos: férias perfeitas, uma segunda casa junto ao lago, pais dedicados que lhes incentivavam cada passo. Mas por volta dos seus 14 anos, os pais divorciam-se, eles assumem-se como gays e uma tentativa de suicídio conjunta força a separação de Mark e Alex por mais de dois anos. Num conjunto de exaustivas e honestas entrevistas, cada um dos gémeos recorda as dificuldades em crescer gay no Montana, os perniciosos efeitos da separação dos pais, e os limites transpostos com o descontrolo no consumo de drogas e experiências sexuais.

Entrevista: Leonor Areal

O documentário Fora da Lei, de Leonor Areal, sobre a recente tentativa frustrada de casamento de duas lésbicas portuguesas passou ontem na Sala 3, integrada na secção competitiva de Melhor Documentário do Queer Lisboa 11. Na ocasião, trocámos algumas palavras com a realizadora.

Como tomou conhecimento desta história?
Como toda a gente. Abri o Público num sábado de manhã e vi que ia haver um casamento daí a uns dias. Aquela tentativa de casamento. Arranjei o telefone, telefonei-lhes e propus-lhes acompanhar aquela situação como documentário e não como jornalista. Elas aceitaram, mas naquele período em que estavam rodeadas por jornalistas não havia lugar para mim nem elas tinham disponibilidade. E acabaram por me chamar mais tarde quando as coisas começaram a complicar-se.

A ideia de fazer o filme nasce apenas da leitura dessa notícia?
Eu já tinha a ideia de fazer um filme sobre uma família homoparental por ser uma situação interessante, pouco conhecida, que provoca muitas reacções epidérmicas ou não... Ou mais profundas. Achava que era interessante desmontar esse preconceito. Quando elas surgiram percebi que elas poderiam ser essa família, até porque cada uma tem uma filha. É uma família modelo com uma pequena alteração de género. Uma das filhas está com elas, portanto vive o quotidiano com elas. E a outra foi retirada à mãe por ela ser lésbica. Havia ali um conflito e um paralelismo que poderia ser interessante.

Como acompanhou o desenrolar da história?
Não evito envolver-me, pelo contrário. Quando vou fazer um documentário, a câmara é um canal de envolvimento até mais perto do que as pessoas julgam. Posso fazer um zoom, posso concentrar-me na imagem que escolho. É claro que nesse processo de envolvimento estou sempre a fazer cálculos mentais acerca de realização, montagem, estratégia... Estou, de qualquer maneira sempre envolvida. Além das pessoas e da situação, estou envolvida com a construção do filme.

Porque há tão pouca produção documental sobre as vivências queer em Portugal?
Não sei responder a isso. O assunto assusta muita gente, mas porquê não sei. Nem percebo...

Imagens do festival (2)

João Ferreira, director do festival e Abbe Robisnon, realizadora da curta-metragem Private Life.
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A como está o catálogo? Óscar Urbano, João Paulo Craveiro e Miriam Faria, à entrada do Cinena São Jorge.
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João Ferreira e Christoph Heller apresentam os spots contra a homofobia antes de mais uma sessão de longas metragens na sala 1.
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Trio festivaleiro "indiscreto". Paola Guardini, António Fernando Cascais e Daniel Carapau (de inevitável T-shirt com pato).
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Queer Pop em acção. Nuno Galopim e João Lopes em plena sessão de apresentação de uma das novas secções do festival.

Sunday, September 16, 2007

'Red Without Blue': Nova data

Por motivos técnicos alheios à direcção do festival e ao Cinema São Jorge, não foi possível exibir ontem o filme Red Without Blue. Amanhã, segunda-feira, será anuciada nova data para a sua exibição.

Imagens do festival (1)

João Ferreira, director do festival, entre alguns elementos do júri de Melhor Longa Metragem de ficção: Ales Rumpel, Cucha Carvalheiro e Inês Meneses.
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A realizadora Abbe Robinson com elementos do juri para Melhor Documentário, Matteo Colombo e Ana Luísa Guimarães.
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Três realizadores alemães entre copos e conversas. Christoph Heller, Christian Liffers e Stefan Westerwelle.
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Uma mesa italiana. Matteo Colombo, Giuseppe Savoca e Cosimo Santoro. Ou, como quem diz, juris em Lisboa e rostos dos festivais de cinema gay e lésbico de Milão e Turim.
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A equipa de programadores do festival, Nuno Galopim e João Ferreira e o programador convidado João Lopes

Entrevista: Christoph Heller

Está presente em Lisboa o realizador Christoph Heller, autor de Scurity Camera, um dos dois spots sociais de uma campanha alemã contra a homofobia, que são apresentados antes das sessões de longas metragens na Sala 1 do Cinema São Jorge, durante todo o festival. Em Scurity Camera, este jovem realizador alemão de 26 anos coloca-nos como espectadores de uma câmara de vigilância que observa um ataque homofóbico numa qualquer rua, de noite. Aos poucos a câmara, como que tendo vontade própria, desvia o olhar do que está a acontecer. É um spot contra o voltarmos a face contra a violência, um spot por uma maior coragem cívica. Christoph Heller explica-nos a ideia que filmou:


O que motivou a criação deste spot contra a homofobia?
O Maneo [projecto anti-violência gay de Berlim] estava à procura de filmes de estudantes para fazer este spot. Foram entregues muitas propostas e a minha acabou por ser seleccionada.

E que ideia é essa?
Queria fazer algo muito simples e atingir o público. Queria colocar a plateia numa situação em concreto, que tivesse de sentir o que sucederia perante o acontecimento e reflectisse depois sobre essa fuga do seu olhar em concreto. Um pouco sugerir à plateia o que poderia ter sido a sua atitude perante o que se vê...

Crê que essa fuga do olhar para o lado, evitando a cena de violência corresponde ao comportamento habitual da nossa sociedade?
A maior parte da sociedade, sim, infelizmente. Há sempre excepções. Mas creio que cinquenta por cento das pessoas reagiriam assim.

O filme está a ser exibido nas salas de cinema?
Em Berlim, sim. Ou seja, as pessoas para quem este spot era destinado estão a vê-lo, e não apenas as plateias queer, que na verdade não precisam mesmo de o ver. As pessoas violentas e agressivas acabaram, assim, por ter de o ver. É importante poder agir sobre as coisas, poder mudar alguma coisa, através de filmes...

Saturday, September 15, 2007

Enchente na noitede abertura

A Sala 1 do Cinema São Jorge encheu para a abertura da edição deste ano do Queer Lisboa. Depois de exibidos o trailer com excertos dos filmes em competição e spots promocionais do Queer Lisboa e da EGAC, Albino Cunha, presidente da Associação Janela Indiscreta (que organiza o evento), abriu a sessão. João Ferreira, director do Queer Lisboa, apresentou depois esta edição do festival, a sua equipa e alguns dos realizadores convidados já presentes em Lisboa. A Cucha Carvalheiro e Ana Luísa Guimarães coube, respectivamente, a revelação dos júris para Melhor Longa Metragem de Competição e Melhor Documentário em Longa Metragem. O prémio da Melhor Curta Metragem, será eleito pelos votos dos espectadores. Segiu-se festa, noite dentro.

Personagens homossexuais
na ficção televisiva portuguesa

Primeiro debate no âmbito da edição deste ano do Queer Lisboa. Hoje, sábado, na Sala 2, do Cinema São Jorge, pelas 15.30. Presentes:

Frederico Barata
Isabel Medina
Rui Vilhena

Moderador: Luís Assis

Festa hoje à noite






















Mais informações aqui

Thursday, September 13, 2007

'A Casa de Alice' abre o festival

Sessão de abertura, pelas 21.00, com a exibição do filme A Casa de Alice, do brasileiro Chico Teixeira. Depois do filme, festa de abertura no bar do Cinema São Jorge.


Sinopse: Um bairro de classe operária da cidade de São Paulo. Alice, uma manicure de 40 anos, é casada há 20 com Lindomar, um taxista. Vivem com os três filhos e com a mãe de Alice, que cozinha, limpa e lava a roupa ao som do seu programa de rádio favorito. O casamento atravessa uma crise e Lindomar nada faz para esconder as suas aventuras com raparigas mais novas. Nenhum dos três irmãos presta muita atenção à mãe e tratam a avó com falta de respeito. A vida de Alice no seu universo laboral feminino contrasta fortemente com a poderosa presença masculina em sua casa. Ela inveja as suas clientes e esse sentimento torna-se num pesado fardo. Apesar de ser uma boa mulher, a oportunidade de uma traição vem desvendar outros segredos.

Raballader

Realização: Kenneth Elvebakk
Noruega, 2006
Documentário
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Juntamo-nos para assistir à carreira da equipa gay de andebol Raballder (Hullabaloo), acompanhando-a durante um ano. Esta excêntrica equipa está cheia de personagens divertidas, vulneráveis, espirituosas, rudes, fortes e calorosas. Jogam na 4ª divisão do campeonato norueguês de andebol e o seu objectivo é subir uma divisão cada ano. O fascínio com a equipa está na transformação de alguns estereótipos gay em agressivos desportistas no campo. Os atletas desafiam constantemente as nossas expectativas relativamente ao género e à sexualidade. Conhecemos também as suas famílias e amigos, e acompanhamo-los no trabalho, em férias ou em festas. E seguimos, claro, a equipa nos jogos e torneios, nos seus altos e baixos durante uma época inteira.


Sessão única:
Terça-feira, 18 de Setembro - Sala 3, 21h30

Wednesday, September 12, 2007

Bob and Jack's 52-Year Adventure

Realização: Stu Maddux
E.U.A., 2006
Documentário

Em 1952, um sargento do exército foi apanhado a jeito e seduzido pelo seu comandante. O amor de ambos cresceu, tomando proporções demasiado óbvias. Os rumores iniciais deram lugar a delações anónimas ao quartel-general. Conseguiram evitar o tribunal militar, confrontando toda a unidade. Este momento-chave cimentou a relação de Bob e Jack para o resto das suas vidas. Cinquenta e dois anos depois, eles partilham com a câmara os segredos da sua união: em como abandonaram mulheres e filhos, em como se mudaram para uma pequena cidade e começaram uma nova vida e em como sobrevivem hoje, já na casa dos oitenta anos. Bob and Jack’s 52-Year Adventure é uma história verdadeira de amor eterno, contada na primeira pessoa.

Sessão única:
Quarta-feira, 19 de Setembro - Sala 3, 21h30

Tuesday, September 11, 2007

Curtas: My Little Boy

As técnicas específicas da representação teatral, bem como as lógicas da performance, são um recurso fundamental no cinema, como o prova este programa. Davy & Stu encontram-se regularmente na floresta, junto a um lago, num ritual nocturno em que os desejos e os temores de cada um se revelam pelo confronto do seu diálogo. Na Alemanha de 1934, um fotógrafo apaixona-se por um soldado das SA, cujo encontro no estúdio de Erich é encenado ao pormenor em My Little Boy. O actor Ben Fredrickson interpreta um ensaio autobiográfico, em Sunshine, levando as suas experiências e o seu próprio corpo ao limite. Em Guacho, o também actor Juan Minujin, deambula por Buenos Aires num stream of consciousness sobre a paternidade, a profissão e todas as outras formas de “ser”. Die Rasur revela, numa cuidada coreografia, que o barbear pode ser uma experiência singular. Dois rapazes e uma rapariga contra uma parede, uma canção: Entracte é pura fruição teatral. J. F.

Sessão única:
Sexta-feira, 21 de Setembro - Sala 3, 19h30

Wild Tigers I Have Known

Realização: Cam Archer
E.U.A., 2006
Longa-Metragem de Ficção
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Logan, tímido, solitário, é um rapaz que vive uma paixão. Ao contrário do seu igualmente solitário amigo Joey, que vive obcecado com as proezas sexuais dos seus colegas mais velhos, Logan está fixado nos próprios rapazes, especialmente Rodeo Walker. Rodeo é o único do grupo dos rapazes populares que mostra algum companheirismo em relação a Logan, o que significa que não se empenha em tornar a vida de Logan um inferno. À medida que Logan e Rodeo iniciam uma amizade, daquelas que só funcionam em passeios pela floresta quando ninguém está por perto, a paixão de Logan por Rodeo inspira o primeiro a criar uma persona a que dá o nome de Leah. Leah e Rodeo tornam-se íntimos através de eróticos telefonemas nocturnos, e quando Leah concorda em conhecer Rodeo cara a cara é Logan quem finalmente tem de provar que está à altura do que tão dolorosamente deseja.

Horários das sessões:
Quinta-feira, 20 de Setembro - Sala 1, 22h00
Sábado, 22 de Setembro - Sala 1, 16h00

Curtas: Barbara Cartland

Uma hora e meia de humor, abre com um teledisco de Tom de Pekin para Barbara Cartland (na foto) do duo electro Neoboris. Kali Ma revela uma mãe “volumosa” que não perde tempo para resolver, ela mesmo, as ofensas físicas de um colega ao filho. Em ambiente universitário What’s Up With Adam? mostra como encenar o que se não é quase pode dar tudo a perder, especialmente aquele de quem se gosta. Por outro lado, On The Other Hand, em jeito de reportagem televisiva, mostra sinais de discriminação da sociedade contra... canhotos. VGL – Hung! apresenta um aparentemente eficaz serviço de encontros amorosos, ao melhor jeito Cinderela-digital. E Outland mostra como uma inesperada reunião de amigos apaixonados (antes, viciados) pela ficção científica pode assustar quem ali acaba de aterrar... N.G.

Sunday, September 9, 2007

Site oficial do festival está disponível

O site oficial do Queer Lisboa 11 está disponível, incluindo todas as informações sobre o festival, incluindo a programação completa e horários das sessões.

visitas em:
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Curtas: Le Weekend

Ficção visualmente construída como um documentário, Le Weekend (na foto) ilustra a odisseia de fim-de-semana de um estudante de cinema francês em Londres, cuja jornada de trabalho o colocará perante situações inesperadas. Gifted And Challenged: The Making Of Shortbus é um filme sobre a inventiva construção narrativa, o casting e a rodagem do filme Shortbus, a segunda longa-metragem de John Cameron Mitchell recentemente exibida em Portugal. We Belong mostra como um jovem, alvo de violência numa escola da Pennsylvania, usa uma câmara de filmar para retratar cenas de discriminação sexual na sua zona de residência, relato que quis criar como trabalho de fim de curso. Cyprien, Moi Et Les Autres é construído na primeira pessoa como a difícil revelação de um jovem que teme a rejeição pelo amigo, homofóbico, que vai casar e o convidou para ser padrinho. N. G.

Horários das sessões:
Sexta-feira, 21 de Serembro - Sala 1, 19h00
Sábado, 22 de Setembro - Sala 3, 15h30

Moskow Pride 06

Realização: Vladimir Ivanov
Rússia, 2006
Documentário

Contendo imagens impressionantes do primeiro Festival do Orgulho Gay de Moscovo e da Marcha do Orgulho – proibida pelo Presidente da Câmara e atacada por extremistas –, este documentário de 84 minutos revela-nos a maior demonstração pública de homofobia da história recente russa e expõe as corajosas acções dos activistas lgbt, russos e internacionais, virtualmente suprimidos no país, numa reportagem que chocou o mundo.

Sessão única:
Segunda-feira, 17 de Setembro - Sala 3, 18h30

Saturday, September 8, 2007

Un Jour d'Eté

Realização: Franck Guérin
França, 2006
Longa-Metragem de Ficção

Durante um jogo de futebol uma baliza cai sob o peso do corpo de um adolescente. Devido às circunstâncias invulgares do acidente e às dramáticas consequências para o jovem rapaz, o presidente da câmara da vila é responsabilizado. Profundamente atingido pelo acontecimento, o melhor amigo da vítima vai aproximar-se progressivamente do secreto e dolorido coração da mãe deste.

Sessão única:
Quarta-feira, 19 de Setembro - Sala 1, 22h00

Curtas: Beija-me se For capaz

Abbe Robinson regressa ao Queer Lisboa com Private Life, um ritmado e inteligente jogo de troca de identidades de género, num filme de época situado no Yorkshire Britânico de 1952, com fortes traços políticos e sociais. Beija-me se for Capaz (na foto) é um honesto retrato da procura de amor em São Paulo, equilibrando um registo melodramático com imagens mais transgressoras de clara citação ao Pink Narcissus. Um reencontro entre um ex-casal de namorados despoleta memórias nem sempre agradáveis, revelando-nos uma dura realidade presente dominada pelas drogas em Where We Began. Kalte Haut mostra-nos como o amor de Marion por Kitty a leva à cadeia. Mas à saída da prisão, espera-lhe uma surpresa bem pior. Em Le Moment Venu, a rotina de Guillaume, que cuida há anos do seu companheiro Anthony, é quebrada pela chegada de uma jovem enfermeira. J. F.

Horários das sessões:
Domingo, 16 de Setembro - Sala 3, 17h30
Segunda-feira, 17 - Sala 1, 16h30